domingo, 13 de maio de 2012

Afinal, quem é o homem?


O que é o Homem?

O homem em umas das mais simplistas e abreviadas definições, é um ser vivo, mamífero e vertebrado, isto biologicamente falando, ao tratar-se do homem por exemplo em sua psyché, numa forma de estudo mais rigorosa  de suas capacidades e dimensões, não se conseguirá chegar em uma explicação tão fácil assim, mas nesta breve exploração se há de buscar ao menos de forma geral entender o que é este ser tão complexo.
Defendida por muitos filósofos, biólogos e antropólogos, a tese da superioridade do homem em relação com os outros seres, é uma das mais admiráveis sobre o tema.
A forma una e racional do homem faz dele segundo diversos estudiosos, um ser  superior aos demais. Estudada por Charles Darwin, a teoria da evolução comprova facilmente essa afirmação, ora, o ser humano é um ser que se adapta a quase todas as situações, diferente dos outros animais que se limitam a capacidade de instinto para fazê-lo, apesar de ser débil em consideração com a força física e instintiva de alguns outros animais, a racionalidade dele permite se adequar a múltiplas situações ambientais, domesticar, dominar e utilizar dos outros seres com uma facilidade gigantesca. Mas uma das mais interessantes desenvolturas do homem é sua habilidade de se auto conhecer, por quem é, por quem já foi e até mesmo do que será.
            Desta capacidade racional a complexidade com que se é possível estuda-lo se maximiza de forma estrondosa.
             O homem é, no tempo e no espaço, se desenvolve, em inteligência, espiritualidade, corporalidade. De acordo com o passar do tempo, algumas dessas características vão sendo aprimoradas e acumuladas em suas espécies memoriais, de forma interna, no cérebro ou externa, sendo estas, pela escrita, pela tradição, pelo armazenamento digital e outras diversificações que levam essa essência.
            Tem-se a concepção que a evolução humana se deu de acordo com suas necessidades. Nos primórdios, eram essencialmente para sobreviver, utilizando de técnicas como o fogo e moradia em cavernas, até que com o decorrer da história, as motivações que o fizeram continuar a evoluir, deixaram de ser simplesmente a sobrevivência, e atingiram um conjunto de cognições auto-reprodutivas que tendem a progredir ilimitadamente.
            Definir então o homem seria limitá-lo ao que é, ou dizer o que foi seria afirmar que tem-se a ciência do passado, de fato que com as tecnologias muito se sabe sobre a história da humanidade, mas responder esta pergunta talvez nunca será possível.
Genericamente se sabe que o homem tem em suma, a busca da felicidade, por conhecer a si mesmo e o que se passa ao seu redor, que tentou muitas vezes dominar tudo, e ainda continua nesta tentativa, que busca algo que seja superior a ele e leve em sua essência o ato puro de todo ser, se sabe que em muito se precipitou em coisas que fez e que ainda faz, isso por ser como é; em partes ambicioso, em partes egoísta, em partes sonhador, em partes irracional, em partes apaixonado e assim indefinidamente diverso, a tal forma que o homem não se contem, nem em todas as definições a cima e nem em algumas apenas, alguns  homens serão mais pensos a determinadas caracteristicas, outros menos, e outros sequer teremos acesso a que tipo de motivação o faz ou o fez tal como é e foi.
Mesmo que se saiba imensamente o que o homem pensa e quer, também se sabe-se que, primeiro, ele não conseguirá revelar toda sua singularidade e depois, que centenas de outros homens já morreram e levaram consigo o segredo de quem foram. Talvez seja sim necessário investir em mais esta busca, de conhecer o homem para sabermos melhor viver, mas entender o que é o homem, é algo profundamente filosófico e que ficará secreto como uma das mais belos e complexos acontecimentos da incógnita do universo.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Parceiro ou um pirata, você é o que?

Você, provavelmente já ficou indignado com os piratas que estorquem os cofres publicos e até mesmo a você como pagante, e assim a todos so "cidadãos de bem" que prescisam de escolas, hospitais e etc... Mas você já parou para pensar onde você está  realmente nessa história?
Vez ou outra é noticiado pela mídia caminhões e caminhões abarrotados de pirataria que são apreendidos em diversas e bem sucedidas operações policiais. Em uma destas apreensões, segundo os dados fornecidos pelo ministério da justiça, foram apreendidas em São Paulo na Rua 25 de março, aproximadamente 300 toneladas de produtos isto em apenas uma das apreensões, mas durante o ano são diversas apreensões como esta realizadas em todo país; são caixas e mais caixas de CDs, brinquedos, cigarros,roupas e outros produtos que passam isentos de impostos. Para mídia isto é um “prato cheio” principalmente na ênfase que atribui aos pobres trabalhadores de fim de linha que apenas repassam o produto, ou então até mesmo aos fabricantes falsificadores e até então tudo bem se fosse só eles que tivessem culpa os culpados desse processo.

Se num lado da moeda temos empresários e governo que perdem milhões de reais com a pirataria, do lado mais fraco da sociedade não é diferente. Segundo Luiz Paulo Barreto, secretário executivo do Ministério e Presidente do Conselho Nacional de Combate à Pirataria, no Brasil perdem-se 2 milhões de empregos por causa da pirataria. Enquanto os vendedores ambulantes reclamam não conseguir se regularizar no trabalho, R$ 30 bilhões em impostos deixam de ser revertidos em escolas, hospitais melhores salários e obras de todo tipo para a sociedade.

Culpar os piratas por todo este mecanismo circular autodestrutivo é muito comum e em parte proveniente do sensacionalismo midiático. Para quem ouve, é melhor ouvir que alguém está pirateando do que ouvir que “eu” estou comprando e financiando a pirataria.

Pasmem os leitores, mas dados de uma pesquisa realizada pela Fecomercio do Rio de Janeiro revelam que 70 milhões de brasileiros consomem produtos falsificados, o que atesta com ainda mais exatidão; é muito fácil aos “cidadãos de bem” ficarem irados pelos prejuízos que os piratas causam aos cofres públicos, do que parar de comprar produtos baratos e financiar esta rede de micro corrupção que alimenta os bolsos dos piratas, do mau funcionalismo publico e que deixa desempregados mais de 2 milhões de pessoas.

Portanto, chega de colocar o sobrepeso da culpa nos piratas, está na hora de cobrar do governo menores impostos, parar de reclamar que os órgãos públicos não funcionam, parar de comprar produtos pirateados e com isso pagar o salário aos piratas ou então se nenhuma das alternativas servir, declarar-se logo parceiro da pirataria.




segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Que influencia a educação tem sobre a vida do estudante e como um professor influi decisivamente nos resultados?



Eu ensinei a todos eles


"Lecionei no ginásio durante dez anos. No decorrer desse tempo,dei tarefas a entre outros, um assassino, um evangelista, um pugilista, um ladrão e um imbecil.
O assassino era um menino tranquilo que sentava no banco da frente e me olhava com seus olhos azuis;

O evangelista era o menino mais popular da escola, liderava as brincadeiras dos jovens;

O pugilista ficava junto da janela, e de vez em quando soltava uma risada rouca que espantava os gerânios;

O ladrão era um jovem alegre com uma canção nos lábios;

E o imbecil, um animalzinho de olhos mansos, que procurava as sombras.

O assassino espera a morte na penitenciária do estado;

O evangelista há um ano jaz sepultado no cemitério da aldeia;

O pugilista perdeu um olho numa briga em Hong Kong;

O ladrão, se ficar na ponta dos pés, pode ver minha casa da janela da cadeia municipal;

E o pequeno imbecil, de olhos mansos de outrora, bate a cabeça contra a parede alcochoada do asilo estadual;

Todos esses alunos outrora,sentaram -se na minha sala e me olhavam gravemente por cima de mesas marrons.

"Eu devo ter sido muito útil para esses alunos _ ensinei-lhes o plano rítmico do soneto elisabetano, e como diagramar uma sentença complexa."

(PULLIAS, E V.YOUNG J.A A arte do magistério)



Que tipo de professor você vem sendo?

É óbvio que a escola tem um papel fundamental na formação da personalidade de cada um, não a julgar num campo moralista, que deve ser discutido também, mas como aqui estudado, num campo histórico, social e científico.

No sistema de educação brasileiro a inserção da criança nas atividades curriculares obrigatórias se dá por volta dos 7 anos, de forma diversificada a matéria é aplicada de acordo com regras nacionais e em algumas partes de acordo com critérios estaduais ou escolares. O assunto é dividido por matérias e graus de complexidade seguindo estes parâmetros de forma gradual e de acordo com a idade dos alunos. Há quem critique o sistema brasileiro, afirmando mais proveitoso, métodos aplicados em outros países como, por exemplo, o que prima pela formação curricular dos alunos de forma particular e de acordo com as habilidades de cada um.

Bem se sabe de resultados melhores de aproveitamento com outro tipo de ensino, como o citado a cima e da dificuldade que há pelo desinteresse dos estudantes por matérias que não desperta sua aptidão. Não se pode generalizar e afirmar que o desempenho do aluno em classe dependa apenas de fatores como estrutura curricular, é cabível analisar questões como cultura, problemática familiar, esforço do próprio aluno, entre outras, no entanto também não se pode negar que o desempenho do aluno sobre a matéria dependa da “paixão” dele pela mesma.

Tanto no Brasil como em qualquer outro lugar, mudar estruturas gigantes como da educação não é tão fácil assim, mas é inegável a necessidade de melhoras nesse campo. Como já mencionado, o aproveitamento é variável por várias questões, e o fato da dificuldade na reestruturação educacional nacional estar num nível quase inacessível em curto prazo, é cabível que outras questões que estiverem acessíveis, por exemplo, ao corpo docente como; didática, afetividade e disciplina.

A necessidade de estudo por parte do professor sobre a forma como leciona, é fundamental para entender a solução aqui sugerida. Muitas pesquisas a respeito já foram efetuadas, ficando bastante claro em muitas delas o grande abismo nos resultados variando de método para método.

Talvez alguns alunos tragam em si, pela sua história, genética e influencia dos pais ou outros, algumas aptidões, no entanto isso não significa que não ter aptidão por determinada matéria o impeça de ter um bom desempenho em na mesma isso vai determinar do processo de motivação que pode sim ser nato ou estimulado pelo professor.

Casos como o exemplificado no texto “Eu ensinei a eles” em que o que o professor nada mais faz do que ensinar regras, são muitas vezes realidades, mas que poderiam ser evitadas se o professor buscasse desempenhar muito mais que um ditador de regras, um amigo que mostrasse o valor de pessoas na história da humanidade, da influencia de um filosofo na forma com que pensamos ou da importância da matemática para que hoje tenhamos tudo o que temos, em fim alguém que faça o aluno entender que o estudo é algo romântico, e não um conjunto de escritos do tempo, se isso acontecesse, em conjunto com uma dinâmica em sala de aula, uma imagem de um professor que é um aliado para a vida e não um carrasco que torna sua vida mais difícil com provas, os resultados como os do texto poderiam ser diferentes, e assim ao invés de pessoas frustradas com uma vida sem sentido, teríamos alunos bem sucedidos que viram na educação um caminho para a felicidade e um sentido para humanidade e para própria vida.

Por tanto como visto no texto, a influencia que a educação teve na vida dos indivíduos, foi quase nulo quanto aos benefícios, mas em relação aos danos na formação de pessoas preparadas para enfrentar o mundo, a influencia de uma educação falha e meramente instituidora de regras foi um desastre para o futuro do aluno.Talvez a solução da educação dependa muito da estrutura nacional que ela tem e de uma série de fatores como ambiente, pais e mentalidade, mas enquanto não se tomar por parte dos professores uma atitude clara que surta resultados significativos na vida dos alunos, pouca coisa vai mudar, mesmo que mude a estrutura nacional da educação, se os professores não tomarem a profissão como algo que pode mudar o drasticamente a vida de pessoas continuar-se-á a formar pessoas frustradas e sem perspectivas para vida.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Uma análise Existencialista da obra “O Estrangeiro”



O livro “O Estrangeiro” de Albert Camus pode ser considerada uma obra plena de significado existencialista debruçado em muitos aspectos sobre o pensador Jean Paul Sartre, isto por que no delinear da obra Camus desenvolve traços desta corrente filosófica que deixam claro esta raiz idealizadora apesar de Albert negar ser um existencialista.

Logo no inicio do livro, Camus, torna evidente sua tendência existencialista. Percebe-se isso facilmente quando Meursault, principal personagem da obra recebe um telegrama com a noticia da morte de sua mãe, mas sua quase total indiferença emocional diante do fato deixa evidente logo de inicio o pensamento existencialista. Meursault diante dos fatos que vão sucedendo tragicamente em sua vida reage de forma pacifica, os acontecimentos praticamente não o abalam emocionalmente, fato que a maioria dos pensadores existencialistas dão grande respaldo, pois para os mesmos, é um dos mais excelentes conceitos; a percepção do absurdo e o sobressalto de sua aceitação, mas ao longo do livro Camus desenvolve vários outros conceitos desta linha filosófica que veremos a frente.

Jean Paul Sartre é ateu e por ventura Mursault também, nesta parte como concede Sartre, o ser humano, não deve medir suas ações por medo de punição divina, da mesma forma que age Meursault, pois ao ser interrogado em uma investigação, por um assassinato que cometera, apesar da insistência do Juiz em pedi-lo que se arrependesse e se convertesse ao cristianismo, Meursault afirma que não se arrepende de ter feito e não se converterá, ou seja além de não temer a Deus manifesta outra singularidade existencial; uma vez não existindo Deus, não há nada que pré determine a natureza do homem, sendo assim o próprio homem construtor de seus parâmetros e seu futuro, não havendo assim um objetivo em si para em fazer o bem (entende-se então porque Meursault não se importara em ter cometido um assassinato) já que a vida termina por si mesma.

Ainda o que acentua o existencialismo na obra “O Estrangeiro” é a reação do personagem principal após ser preso, que acaba por se adaptar ao ambiente hostil, é como se nada daquilo importasse, reafirmando assim a visão de conformismo com o que é tomado por absurdo pela maioria da sociedade, mas por não haver uma natureza ou uma predestinação, viver sobre qualquer realidade, para Meursault na verdade, era o que devia se tornar natural.

É possível perceber ainda diversos traços no personagem criado por Camus que demonstram evidencias desta corrente filosófica segundo Jean, mas identifica-se um dos pensamentos principais da corrente, descrito tanto no final da obra pela sua condenação a pena de morte como também detalhes nas primeiras paginas a morte de sua mãe, a esta concepção de morte, ora, Meursault se quer ficou ansioso pelo resultado do julgamento, o personagem chega até a distrair-se em alguns momentos do mesmo, além do que logo nas ultimas paginas ao invés de ficar depressivo com a idéia da morte chega até a ironizar que seria melhor para diminuir sua solidão se tivessem muitos espectadores na platéia e que o recebessem com gritos de ódio no instante de sua execução.

Por tanto, fica explicitado o existencialismo na obra “O Estrangeiro”; assim como vive Meursault, Jean Paul Sartre teoriza, pois ambos demonstram o sentido do existencialismo em que existir é viver o hoje sem esperar um amanhã, a morte é incerta e o inicio do não existir, assim só o que deve importar para um e para outro é existir hoje em plenitude.



quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A razão em nexo com a fé

Sob uma perspectiva de Pedro Abelardo ( escolástico francês, teologo) X João Escoto Erífena (Filosofo, teólogo, defensor  do renascimento carolíngio.)

Quando se fala de filosofia e teologia a maioria logo se pensa em oposição, já que uma trata da fé e a outra razão, mas a verdade pode não ser esta se estudado tal assunto, por exemplo, na visão de João Escoto Erígena.

É difícil aceitar que possa haver união entre a fé e razão já que uma desenvolve-se no mistério inacessível de Deus, e outra no mundo da matéria e do acessível dos homens, mas tudo isto ganha um rosto muito diferente sobre a visão de alguns teólogos como já citado João Escoto e também por Pedro Abelardo, o qual segue o raciocínio que através da dialética,utilizado pela filosofia é possível encontrar a veracidade ou não do discurso teológico, Já Escoto, nesta mesma linha de pensamento, percebe o papel fundamental da filosofia nos estudos teológicos, não sendo a filosofia usada para descobrir o sentido real escondido por exemplo nas sagradas escrituras .

Esta visão entende que realmente não seja possível explicar Deus por ser inefável, mas compreende que é possível pelo pensamento filosófico explorar a verdade de Deus que tornou-se acessível aos homens pela encarnação do verbo Jesus Cristo, que através dos evangelhos deixou inúmeros ensinamentos mas também neles diversas metáforas que através do raciocínio lógico pode ser entendido de forma real, distorcendo imagens erradas delas.

Abelardo através de mecanismos de analise dos pensamentos ele busca encontrar elos entre Platão e as primeiras teorias teológicas do cristianismo, sendo que Abelardo considerava que os primeiros filósofos mesmo longe do cristianismo buscavam a verdade através da investigação lógica.

Por fim tanto Abelardo quanto João Escoto, Percebiam de alguma forma a necessidade de observar na teologia o entendimento lógico racional, não apenas da história do povo de Deus, mas Deus que demonstrava o caminho da verdade ainda mais consolidada historicamente pela vinda de Jesus Cristo, e então o quanto é preciso desvincular o discurso autoritário para o discurso persuasivo da verdade, ou seja disponibilizar tal entendimento através da dialética de forma científica, lógica e desvinculada plenamente de mero raciocínio dedutivo ou errôneo deixando claro que é impossível conhecer Deus mas é plenamente inteligível seus planos na história da humanidade.

Esta produção filosófica está disposta a outras linhas e temas que possam argumentar sobre o assunto.