segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Que influencia a educação tem sobre a vida do estudante e como um professor influi decisivamente nos resultados?



Eu ensinei a todos eles


"Lecionei no ginásio durante dez anos. No decorrer desse tempo,dei tarefas a entre outros, um assassino, um evangelista, um pugilista, um ladrão e um imbecil.
O assassino era um menino tranquilo que sentava no banco da frente e me olhava com seus olhos azuis;

O evangelista era o menino mais popular da escola, liderava as brincadeiras dos jovens;

O pugilista ficava junto da janela, e de vez em quando soltava uma risada rouca que espantava os gerânios;

O ladrão era um jovem alegre com uma canção nos lábios;

E o imbecil, um animalzinho de olhos mansos, que procurava as sombras.

O assassino espera a morte na penitenciária do estado;

O evangelista há um ano jaz sepultado no cemitério da aldeia;

O pugilista perdeu um olho numa briga em Hong Kong;

O ladrão, se ficar na ponta dos pés, pode ver minha casa da janela da cadeia municipal;

E o pequeno imbecil, de olhos mansos de outrora, bate a cabeça contra a parede alcochoada do asilo estadual;

Todos esses alunos outrora,sentaram -se na minha sala e me olhavam gravemente por cima de mesas marrons.

"Eu devo ter sido muito útil para esses alunos _ ensinei-lhes o plano rítmico do soneto elisabetano, e como diagramar uma sentença complexa."

(PULLIAS, E V.YOUNG J.A A arte do magistério)



Que tipo de professor você vem sendo?

É óbvio que a escola tem um papel fundamental na formação da personalidade de cada um, não a julgar num campo moralista, que deve ser discutido também, mas como aqui estudado, num campo histórico, social e científico.

No sistema de educação brasileiro a inserção da criança nas atividades curriculares obrigatórias se dá por volta dos 7 anos, de forma diversificada a matéria é aplicada de acordo com regras nacionais e em algumas partes de acordo com critérios estaduais ou escolares. O assunto é dividido por matérias e graus de complexidade seguindo estes parâmetros de forma gradual e de acordo com a idade dos alunos. Há quem critique o sistema brasileiro, afirmando mais proveitoso, métodos aplicados em outros países como, por exemplo, o que prima pela formação curricular dos alunos de forma particular e de acordo com as habilidades de cada um.

Bem se sabe de resultados melhores de aproveitamento com outro tipo de ensino, como o citado a cima e da dificuldade que há pelo desinteresse dos estudantes por matérias que não desperta sua aptidão. Não se pode generalizar e afirmar que o desempenho do aluno em classe dependa apenas de fatores como estrutura curricular, é cabível analisar questões como cultura, problemática familiar, esforço do próprio aluno, entre outras, no entanto também não se pode negar que o desempenho do aluno sobre a matéria dependa da “paixão” dele pela mesma.

Tanto no Brasil como em qualquer outro lugar, mudar estruturas gigantes como da educação não é tão fácil assim, mas é inegável a necessidade de melhoras nesse campo. Como já mencionado, o aproveitamento é variável por várias questões, e o fato da dificuldade na reestruturação educacional nacional estar num nível quase inacessível em curto prazo, é cabível que outras questões que estiverem acessíveis, por exemplo, ao corpo docente como; didática, afetividade e disciplina.

A necessidade de estudo por parte do professor sobre a forma como leciona, é fundamental para entender a solução aqui sugerida. Muitas pesquisas a respeito já foram efetuadas, ficando bastante claro em muitas delas o grande abismo nos resultados variando de método para método.

Talvez alguns alunos tragam em si, pela sua história, genética e influencia dos pais ou outros, algumas aptidões, no entanto isso não significa que não ter aptidão por determinada matéria o impeça de ter um bom desempenho em na mesma isso vai determinar do processo de motivação que pode sim ser nato ou estimulado pelo professor.

Casos como o exemplificado no texto “Eu ensinei a eles” em que o que o professor nada mais faz do que ensinar regras, são muitas vezes realidades, mas que poderiam ser evitadas se o professor buscasse desempenhar muito mais que um ditador de regras, um amigo que mostrasse o valor de pessoas na história da humanidade, da influencia de um filosofo na forma com que pensamos ou da importância da matemática para que hoje tenhamos tudo o que temos, em fim alguém que faça o aluno entender que o estudo é algo romântico, e não um conjunto de escritos do tempo, se isso acontecesse, em conjunto com uma dinâmica em sala de aula, uma imagem de um professor que é um aliado para a vida e não um carrasco que torna sua vida mais difícil com provas, os resultados como os do texto poderiam ser diferentes, e assim ao invés de pessoas frustradas com uma vida sem sentido, teríamos alunos bem sucedidos que viram na educação um caminho para a felicidade e um sentido para humanidade e para própria vida.

Por tanto como visto no texto, a influencia que a educação teve na vida dos indivíduos, foi quase nulo quanto aos benefícios, mas em relação aos danos na formação de pessoas preparadas para enfrentar o mundo, a influencia de uma educação falha e meramente instituidora de regras foi um desastre para o futuro do aluno.Talvez a solução da educação dependa muito da estrutura nacional que ela tem e de uma série de fatores como ambiente, pais e mentalidade, mas enquanto não se tomar por parte dos professores uma atitude clara que surta resultados significativos na vida dos alunos, pouca coisa vai mudar, mesmo que mude a estrutura nacional da educação, se os professores não tomarem a profissão como algo que pode mudar o drasticamente a vida de pessoas continuar-se-á a formar pessoas frustradas e sem perspectivas para vida.

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