quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A razão em nexo com a fé

Sob uma perspectiva de Pedro Abelardo ( escolástico francês, teologo) X João Escoto Erífena (Filosofo, teólogo, defensor  do renascimento carolíngio.)

Quando se fala de filosofia e teologia a maioria logo se pensa em oposição, já que uma trata da fé e a outra razão, mas a verdade pode não ser esta se estudado tal assunto, por exemplo, na visão de João Escoto Erígena.

É difícil aceitar que possa haver união entre a fé e razão já que uma desenvolve-se no mistério inacessível de Deus, e outra no mundo da matéria e do acessível dos homens, mas tudo isto ganha um rosto muito diferente sobre a visão de alguns teólogos como já citado João Escoto e também por Pedro Abelardo, o qual segue o raciocínio que através da dialética,utilizado pela filosofia é possível encontrar a veracidade ou não do discurso teológico, Já Escoto, nesta mesma linha de pensamento, percebe o papel fundamental da filosofia nos estudos teológicos, não sendo a filosofia usada para descobrir o sentido real escondido por exemplo nas sagradas escrituras .

Esta visão entende que realmente não seja possível explicar Deus por ser inefável, mas compreende que é possível pelo pensamento filosófico explorar a verdade de Deus que tornou-se acessível aos homens pela encarnação do verbo Jesus Cristo, que através dos evangelhos deixou inúmeros ensinamentos mas também neles diversas metáforas que através do raciocínio lógico pode ser entendido de forma real, distorcendo imagens erradas delas.

Abelardo através de mecanismos de analise dos pensamentos ele busca encontrar elos entre Platão e as primeiras teorias teológicas do cristianismo, sendo que Abelardo considerava que os primeiros filósofos mesmo longe do cristianismo buscavam a verdade através da investigação lógica.

Por fim tanto Abelardo quanto João Escoto, Percebiam de alguma forma a necessidade de observar na teologia o entendimento lógico racional, não apenas da história do povo de Deus, mas Deus que demonstrava o caminho da verdade ainda mais consolidada historicamente pela vinda de Jesus Cristo, e então o quanto é preciso desvincular o discurso autoritário para o discurso persuasivo da verdade, ou seja disponibilizar tal entendimento através da dialética de forma científica, lógica e desvinculada plenamente de mero raciocínio dedutivo ou errôneo deixando claro que é impossível conhecer Deus mas é plenamente inteligível seus planos na história da humanidade.

Esta produção filosófica está disposta a outras linhas e temas que possam argumentar sobre o assunto.

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